sábado, 27 de junho de 2009

LUTO


22 de Junho de 2009



Estou muito triste, minha querida cachorrinha Teka morreu, em conseqüência de um tumor no útero, e meu pai mandou sacrificar ela.
Poxa isso dói muito, quem tem ou já teve cachorros e deve saber o que é isso. Ela era muito obediente, inteligente, gostava muito de brinca de bola, esconde-esconde, pega-pega. Adorava brinca de pular e morder depois do banho. Chorava de ciúmes quando via eu paparicar a Kit (outra cachorrinha). Sabia dar a patinha, embora as vezes ela fingia que não sabia, e ignorava, mas depois era só ir paparicar a Kit, e dizer “olha só como a Kit é mais bonitinha,que coisinha linda” e depois voltar para ela e pedir de novo a patinha, ela dava na hora. Se sentássemos na área ela logo vinha chorar, por que queria ficar perto de nós, o choro dela era como se ela estivesse chamando “mamãe”, nossa parece que estou ouvindo os choros dela.
Há mais ou menos dois anos ela ficou doente, parecia que ela não ia escapar. Na época meu pai queria sacrificar ela, pois era uma epidemia que estava tendo na cidade, e até mesmo o veterinário dela disse que ela não ia sobreviver, mas depois veio outro veterinário e se prontificou a ajudar. Ela ficou sem andar por mais de 30 dias, ficou uma semana como morta, nós chorávamos que parecia que era alguém da família, bom e era. Mas com muito esforço e oração ela conseguiu sobreviver. A luta pela sobrevivência dela era grande, como ela não andava mais devido a doença ter atacado o sistema nervoso dela e as patas ter “travado” colocamos um colchãozinho com uma almofada e ventilador na área para ela, por que devido ela ficar muito tempo deitada e com muita febre começou a “cozinhar” a carne dela e formar feridas que cabiam até um dedo dentro. A comida que era um mingalzinho de fubá era colocado com muito custo na boca dela através de uma seringa, e que ela jogava tudo fora. Não me lembro de quantos cocos foram abertos para dar pra ela. Com uma semana que ela estava doente e depois que decidimos que não iríamos sacrificar ela, descobrimos que estávamos com uma bebe sobre nosso cuidado. Os dias que minha mãe ia trabalhar eu chegava do serviço e antes de fazer qualquer outra coisa dentro de casa ia cuidar do nosso “Bebe”. Trocar o pano dela, pois ela já tinha feito cocô e xixi, lavar os panos e limpar o bumbum dela, trocar ela de lugar e lavar o lugar onde ela estava, e ela não era nada leve. O mau cheiro era demais, mas não desistia dela. Depois de alguns dias ela voltou a consciência, começou a comer um pouco melhor, e já não queria fazer suas necessidades ali na área - coitadinha, mesmo doente sem poder levantar era educada - ( ela nunca fazia cocô ou xixi na área ou perto de onde ela deitava) quando ela queria fazer suas necessidades ela chorava, chorava e chorava até que pegávamos ela e colocávamos na terra para fazer xixi ou cocô. Quantas vezes de madrugada tivemos que levantar e colocar ela pra fazer xixi ou cocô. Quantas vezes eu ficava do ladinho dela, olhando para aqueles olhinhos de quem estava pedindo misericórdia e acabava chorando. Até parece bobeira, mas minha mãe chegou a fazer um voto com Deus para ele curar ela, e Deus respondeu. Meu pai fez um andajar pra ela deixávamos ela lá por 2 horas por dia, até que as patinhas traseiras começaram a ficar mais firmes, pois ela tinha perdido a movimentação total das patas traseiras, às vezes eu dava uma de fisioterapeuta e fazia massagens, nas pernas dela. Um dia eu chorei de alegria ao ver dar os primeiros passinhos sozinha, o corpinho dela tremia todo. Depois de 30 dias de muito sofrimento – para ela e para nós- ela voltou a andar, todo dia quando chegava do serviço ia caminhar com ela, ela ficava toda feliz e eu mais ainda, as vezes as patinhas dela perdia o equilíbrio e ela caia, mas logo ela se levantava e começava a andar. Ela ficou com algumas seqüelas, do tipo o nervo da cabeça dela ficava repuxando e isso fazia com que as mandíbula dela ficavam batendo uma na outra, em épocas de frio ela ficava soltando catarro pelo nariz e pela boca, e lá ia eu limpar aquela baba. Ela deixava só eu limpar, tinha que pegar um papel higiênico e limpar o narizinho dela e depois limpar a boca, coitadinha ela ficava com muita vergonha, por mais paparicada e mimada que ela fosse ela não gostava disso, de nós termos que limpar ela.
Ahh, quantos momentos tristes e bons, quantas vezes eu quase morria de rir das trapalhadas dela. Muitas pessoas podem pensar “larga de ser boba, era apenas uma cachorra”, mas para mim ela era mais que “apenas uma cachorra” ela era a criança da casa, e ao mesmo tempo nossa guardiã. Ela conquistou meu coração com o jeitinho meigo e com o amor incondicional que ela tinha.
E depois de tudo que passamos com ela, veio um maldito tumor e acabou com nossa alegria. Mas a vida é assim, nem nós seremos humanos somos imortais, lembro-me de uma historia de um menino que disse aos pais e ao veterinário depois de terem feito eutanásia no seu cachorrinho:
“Ele disse:- As pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida, como amar todo mundo todo o tempo e ser bom, certo?
Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto, portanto não precisam ficar por tanto tempo."
Até que isso faz sentido. Só sei que vou sentir muitas saudades da minha Teka, que por muitas vezes eu chamei de Nega, Tekinha, Tekolina, Florzinha, Tekos, Tekita.......





Dá pra perceber como ela estava tortinha?? Depois que ele ficou doente, ela sempre ficava assim.

domingo, 14 de junho de 2009

Feriado - Dia 11 de junho

Como esse dia estava sendo esperado!Todos os dias eu me levantava pela manhã para ir trabalhar olhava a minha cama com cara de quem dizia “venha, pule em mim e passe o resto dia”, eu olhava e dizia: “Só mais um pouquinho, dia 11 esta chegando e vou poder dormir até tarde.” O grande dia estava chegando e minha irmã me chamou para ir para a fazenda do patrão dela, ela sempre me dizia que lá era um lugar legal, de inicio eu aceitei o convite, mas depois passou uns dias e eu pensei “poxa e meu descanso?” Comecei a não querer ir, depois de varias ligações pra confirmar mesmo se eu ia, decidi “ah eu não vou mais, vou ficar em casa pra descansar e estudar na próxima semana tenho prova” “- ah tudo bem, seria legal se você viesse, mas tudo bem não vai faltar oportunidade pra você vir.” Estava decidida não iria. Mas depois veio o pensamento, “quase não saio, não seria má ideia eu ir, vai ser legal”. Liguei mais uma vez pra minha irmã e disse: “Eu vou”. Quando estava indo para casa de tarde após o serviço encontrei o rapaz que estava com o caminhão da verdura que ia me dar carona até seringueiras (onde minha irmã mora) combinamos de ele passar em casa pra me pegar, passei na loja da minha amiga que disse que tinha algo pra mim lá, e....pulamos essa parte¹ , depois que ela fechou a loja fomos para casa, eu tinha que tirar o material para meu amigos da faculdade estudar na quinta-feira. Quando estava acabando de organizar os materiais o rapaz chega, não tinha nem arrumado minha bolsa. Pedi pra ele esperar 10 minutos enquanto eu arrumava as coisas, pedi para minha amiga terminar de arrumar os materiais, joguei umas peças de roupas dentro da bolsa, escrevi um bilhetinho para meus pais, despedi da minha amiga e fui, era 8:30 quando estávamos saindo.Nem lembro que horas chegamos mas deve ter sido umas 9:30.
Minha irmã tinha dito que o caminhão que ia levar o povão até a fazenda ia sair de lá na quinta-feira depois que o mercado fechasse (isso ia ser + ou – 11:00 hs), mas depois descobri que o caminhão iria sair naquela noite e que eu ia de moto com ela, e outras pessoas no outro dia. Quase não fiz uma cara de espantada quando soube né. Acho que o povão foi era umas 11:00 hs da noite. Ficou só eu e minha irmã na casa, assistimos um filme Um amor pra recordar, fomos dormir era umas duas e meia da manhã, não fazia mal o mercado ir ser fechado lá pelas 10:00/ 11:00 hs então podia dormir até mais tarde, coitada da minha irmã que teve que levantar cedo pra abrir o mercado.
Não me lembro à hora, mas devia ser umas onze e meia quando saímos, eu minha irmã em uma moto (biz) duas amigas dela em uma outra biz, e um amigo em uma outra moto. Se eu soubesse que a estrada era tão ruim assim acreditem não teria ido, ou se tivesse ido teria ido no caminhão na noite anterior. Cada buraco que passava parece que tirava algum órgão do lugar, por um momento eu achei que os ossos da minha costela iriam se quebrar e sair pela carne a fora. Eu pensava “meu Deus me ajuda se não, não vou conseguir chegar viva”, a estrada era péssima e minha irmã adorava passar em cima dos buracos, se bem que tinha lugares que não dava pra desviar deles. Deram-me um capacete que era bem uns 3 números maior que o meu, pra variar eu tinha ido de saia ( sim podem me chamar de burra, mas eu não sabia que ia de moto e naquelas horas seria impossível arrumar uma) como eu só tenho duas mãos eu tinha que dividir elas entre, segurar o capacete na cabeça, me segurar na moto, e segurar a saia que me fazia vergonha mais do que tudo na vida, sim tenho que concordar a situação hilariante. Areia, buraco, e lama eram o que fazia parte da estrada. Minha irmã estava mais concentrada em ver a amiga dela – outra Juliana- cair do que ver o lugar que estávamos passando, e foi numas dessas concentrações dela que caímos (sim agora podem rir, depois de um post grande desse) ela tentou contornar a situação, mas a lama parecia feita de quiabo, que lama mais lisa! Quando vi o que estava prestes a acontecer levantei a perna, mas a outra perna que estava na lama deslizou e a outra foi de encontro com o escape. Na hora o sangue estava quente doeu só um pouco, mas depois com o vento batendo forte e a lama secando em cima ai a dor foi maior. Acho que tínhamos que andar mais uns 25 km, mas parece que se tornaram em uns 50 km ( bom eles me disseram que do mercado até a fazenda era uns 40 km, mas acho que era mais). Chegamos com vida, certo que faltando um pedaço do coro da perna, mas com vida! Acho que chegamos lá por volta das 14:00 hs, parecendo uns porquinhos de tanta lama. Quando viam o meu queimado diziam “oh meu Deus, coitadinha” e depois viam as receitas básicas do tipo: “passa pimenta malagueta” “passa quiboa” “passa babosa” “passa clara do ovo”, numa horas dessas aparecem receitas mais absurdas, mas é claro que não usei todas especialmente a pimenta malagueta, ai vem o ditado “pimenta nos olhos dos outros é refresco” o meu era diferente, pimenta na queimadura dos outros é refresco. A única que eu passei, ou melhor, dizendo que passaram foi a clara do ovo. Quando estávamos com o pé na estrada aparece o patrão do pessoal e disse que era pra voltar para a fazenda, ah foi o fim, íamos chegar em casa cedo dava tempo pra descansar antes de ir embora, mas não teve jeito voltamos pra fazenda e depois só conseguimos ir embora depois das 18:00 chegamos em casa quase 20:30 o ônibus que ia pra minha casa passava entre as 20:40 ás 21:00, cheguei na casa da minha irmã arrumei minhas coisas na mesma pressa que arrumei quando o rapaz estava me esperando no dia anterior. Cheguei em casa era 22:00 hs, meus pais estavam acordados ainda “mãe, pai tenho uma coisinha pra mostrar pra vocês, tcharam (mostrei meu queimado) “Ah meu Deus!!Como aconteceu isso”, e ai vocês sabem né preocupação de mãe.
Na sexta-feira na hora de levantar pra trabalhar deu trabalho, as batidas nos buracos começaram a fazer efeito, parecia que tinha entrado num moinho durante a noite, mas consegui ir trabalhar.
Esse foi meu feriado, um tanto diferente pra mim, alias não é todo feriado que se queima a perna né...rsrsrrs.
Vai ai uma fotinha só pra vocês verem a situação, não foi tão grande, mas dá pra incomodar.



Beijos a todos, e uma ótima semana.




¹ Quem é membro da comunidade Serie Katie, já sabe ou vai saber, olhem um tópico que a Annie fez.


Meu premio!!!........rsrsrsrs

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A propósito do Dia dos Namorados: O que é o verdadeiro amor?



Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Os rapazes e moças argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.
O mestre lhes disse que respeitava sua opinião, mas contou a seguinte história:


Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã, minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete. Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.
Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.
Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:
-- Meus filhos, foram 55 bons anos... Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.
Fez então uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou: -- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver vocês todos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros... Filhos, agora que ela se foi, estou contente. E vocês sabem por quê? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim...
Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas -- relembrou o professor. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: "Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa."

Por fim, o professor concluiu: Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.
Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.
Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza chegará mais longe...




(Autor desconhecido)
Achei esse texto muito lindo, e a pura realidade.Espero que gostem
P.S: Se quiserem comentar fiquem a vontade.....rsrsrs